quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Lula condenado! E aí?

Como eu quero o meu carnaval - Coluna Jornal Folha Buritis - JAN/2018

Como eu quero o meu carnaval


Se perguntarmos para as pessoas o que elas querem para o carnaval delas, certamente existirão diversos tipos de respostas. Pessoas que aguardam ansiosamente a festa para cair na folia, outras que querem viajar para onde tem mais agito, outros para onde reina o sossego, outros que preferem ficar em casa curtindo seu lar.

Não importa qual seja sua preferência, nossa visão é que vivendo em comunidade devemos sempre reconhecer que o direito de cada um termina quando começa o do outro. E a grande questão é como equilibrar esses limiares. Qual é a dosagem ideal para que toda essa festa popular ocorra da melhor forma para todos?

Nossa Associação do Bairro Buritis acompanha a realização de todos esses eventos e sempre recebe críticas e comentários dos moradores sobre todos os acontecidos. Então temos um histórico que nos permite tentar pelo menos minimizar os impactos e atritos que possam ocorrer durante a realização dos eventos de carnaval, sendo alguns deles, chamados de manifestação espontânea.

Acreditamos na importância do carnaval para o nosso país. Acreditamos que com o crescimento do carnaval de Belo Horizonte muitas pessoas passaram a ter a opção de desfrutar da folia na nossa própria cidade e sem contar no crescimento econômico pelo turismo e entretenimento. Mas uma coisa é a cidade ter eventos grandes. Pode vir a ser do tamanho do carnaval de Salvador. Mas para isso tem que ter estrutura para eventos com grandes aglomerações. E nosso bairro não tem estrutura para isso. É legal o carnaval do Buritis? Mas não é para ser o point de Belo Horizonte, ficar famoso e cada vez mais gigante.

Nosso bairro tem estrutura para realizar um carnaval doméstico, de moradores, que querem em um ambiente local organizar seus blocos e eventos. Mas que estrutura é essa? A Prefeitura, por meio da Belotur, teoricamente monta essa estrutura. Mas isso não acontece na prática. O que vemos é desarticulação, falta de contingente, leis sendo infligidas sem a devida fiscalização e punição, e o pior, cidadãos cerceados do seu direito de ir e vir, do direito ao sossego em seus lares, do direito a segurança e de ter seu patrimônio preservado.

Calma! Relaxa que é festa! É carnaval! Vamos nos divertir! Tudo bem, mas depois da festa, quem vai ajudar a lavar a minha calçada cheia de urina? Quem vai me ajudar a pagar o conserto do meu carro que foi danificado estacionado na rua por não ter podido entrar na garagem do prédio? Quem vai custear as mudas de plantas que foram arrancadas no jardim? Quem vai cuidar do filho que foi para o hospital por causa de uma garrafa de cerveja lançada na multidão em direção de um aleatoriamente? Quem vai repor a noite de sono perdida porque depois que a festa oficial acabou e os organizadores foram embora, apareceram vários carros de som, vendedores ambulantes e baderneiros que fizeram a festa depois da festa, sem nenhum tipo de controle? A culpa é de quem? Filho feio não tem pai já diz o ditado.

Por essas e outras perguntas é que exigimos das autoridades e organizadores planejamento e gestão efetiva durante os eventos. O carnaval vai acontecer de uma forma ou de outra. Mas como moradores queremos que nossa comunidade seja preservada. Assim é como eu quero o meu carnaval.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018