quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Voto Consciente - Coluna Jornal Folha Buritis - SET/2018


Novos ventos chegaram ao Brasil. Depois das manifestações de 2013, nunca se teve tanto engajamento popular em torno do assunto comumente deixado de lado pela maioria dos cidadãos: política.

A palavra de origem grega vem derivada de “POLITIKOS” que significa a relação entre o cidadão e o estado. “POLITES” em grego era “cidadão” e “POLIS” significava “cidade”. Essa relação quando ocorre de forma harmônica e democrática tende a levar o desenvolvimento de um povo, pois a coisa pública não pode ser entendida como sendo de ninguém e sim de todos. Logo, a decisão popular sobre a representação política tem que naturalmente ser objeto de importante análise e relevância dos cidadãos. Mas essas análises não são tão fáceis assim. Aliás, o tema é denso e basta não acompanhar a “novela” de perto que facilmente pode-se perder o contexto e assim ficar sem boas fundamentações para a decisão.

No livro PORQUE AS NAÇÕES FRACASSAM: As origens do poder, da prosperidade e da pobreza*, os autores apresentam diversos estudos em diversas nações em torno do globo e o item que conecta os países que prosperam é o fato de terem conseguido criar instituições econômicas e instituições políticas inclusivas. Significa que para um país prosperar é preciso que os cidadãos tenham vozes ativas dentro das decisões políticas e o mercado seja acessível aos novos empreendedores. A inclusão econômica tem que ocorrer em uma perspectiva liberal que garanta entrada de novas empresas, novos negócios, tendo essas condições para prosperar. Essa evolução deve inclusive assumir os efeitos da destruição criativa, ou seja, que novas tecnologias venham substituir antigas práticas, o que pode condenar empresas ou segmentos que não se adaptam ao novo e em alguns casos levá-las à extinção (como exemplo o caso da Kodak, comumente citado em diversos artigos).

Na linha da participação do cidadão nas decisões públicas, é de suma importância que haja uma real aproximação das pessoas das entidades de representação coletiva. Isso dá muita força ao processo e todos passam a interagir e opinar para que as ações fiquem sintonizadas com a vontade do coletivo. Ações como, por exemplo, o Fórum Buritis na Política teve como objetivo formar esse espaço de debate transparente e franco, principalmente, com antecedência, a fim de que as pessoas não sejam induzidas pelo efeito das decisões aos “45’ do segundo tempo”.

Com a internet, os eleitores têm muito mais acesso a informação e podem conhecer melhor os candidatos e seus respectivos partidos políticos. Nessas eleições de 2018, esperamos que todos façam seu voto consciente pois serão definidos aqueles que irão trabalhar a partir de 2019. Todos os postos atuais podem ser renovados: deputados federais, deputados estaduais, senadores (são dois votos), governador e presidente. Basta escolher sua melhor opção!


Braulio Lara
Empresário e Morador do Buritis – 37 anos
Professor do Curso de Engenharia Civil da UNI-BH
Mestre em Ciência da Computação pela UFMG
Pós Graduado em Gestão de Custos e Controladoria pela UNI-BH
Bacharel em Ciência da Computação pela UNI-BH
Técnico em Eletromecânica pelo CEFET-MG
Corretor de Imóveis registrado no CRECI (Diretor da SOLIMOB Netimóveis)
Contato através do e-mail: braulio@brauliolara.com.br

*ACEMOGLU, D., ROBINSON, J., Por que as nações fracassam: as origens do poder, da prosperidade e da pobreza. 7ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.