quarta-feira, 1 de junho de 2016

Sonhar não custa nada



“Do que me adianta viver na cidade se a felicidade não me acompanhar”. Cidade que tem bairros mas tem bairros que são como uma cidade. Nosso bairro é maior que muita cidade. Por isso ele tem que ser um lugar cada vez melhor para se viver. Claro que é um ponto de vista. Mas como saber para onde ir se não se pensar como deveria ser?
Quando o Sol levanta, me preparo para mais um dia. Após tomar um café reforçado, levo meus filhos para a escola. Essa escola é pública do mais alto nível. Os professores todos são residentes no bairro. Todos tem um motivo de querer desenvolver seus sucessores, ou seja, a geração que chega. Seus filhos e netos estudaram nessa escola. Ela possui programas de desenvolvimento técnico e científico de modo que os filhos desse bairro tem uma preparação cada vez mais sólida para que sejam profissionais mais produtivos e eficientes em suas profissões. Todos tem fluência em três idiomas: português, inglês e espanhol. Motivo simples: nossos vizinhos falam espanhol e o mundo fala inglês. As pessoas valorizam essa escola e as universidades ao redor. As famílias passam a se conhecer e percebem que o maior patrimônio social é o resultado que o futuro vai retribuir.
Não peguei trânsito, pois a escola aperfeiçoou a logística para pegar os alunos em casa. Afinal, por que no período de férias o trânsito da cidade funciona bem melhor? De qualquer forma, tudo foi pensado para não se gerar gargalos nas vias que estão disponíveis. Mesmo tendo ido de carro, transitei sem atrasos. Mas precisava me dirigir ao centro. Então, parei meu carro em um grande bolsão de estacionamento na saída do bairro. Neste local, entrei em um ônibus extremamente confortável, que teve suas rotas calculadas para que mesmo em horários de pico, nenhum passageiro tivesse que ir em pé. Tranquilamente, li as notícias do dia no meu celular enquanto ocorria o deslocamento no ambiente com pouco ruído e climatizado.
Cheguei ao local desejado e não precisei preocupar com vagas para estacionar. Me desloquei ao destino com toda a segurança de não ser tomado de assalto na rua. A economia está aquecida e em crescimento. Por isso, todos os cidadãos trabalham e tem seu sustento. A criminalidade foi caindo a tal ponto que não é mais um motivo de preocupação. Acertados os pontos da reunião sobre um novo empreendimento, fui ao banco onde o financiamento ocorre com juros baixos. O dinheiro dos bancos fomenta a produção e não a especulação. Além disso, para obter as licenças junto aos órgãos públicos, nunca fui tão bem atendido: estavam prontos para me impulsionar e a burocracia era inteligente e ágil. Todos ganhariam com o novo projeto, inclusive o Estado recebendo sua contrapartida em impostos para então cumprir seu papel. Alíquotas justas e que todo contribuinte tinha orgulho em pagar.
Tudo interligado e funcionando para crescer. Problemas sempre existiram. Mas mesmo quando precisei do judiciário, em poucas semanas, já havia uma decisão tomada sobre o assunto. Voltei para casa ao final do dia. Não perdi tempo no trânsito. Peguei meu carro no bolsão de estacionamento onde eu o coloquei com toda a segurança. Percebi que não estava legal e fui ao posto de saúde do bairro. Fui atendido por médicos muito capacitados que desenvolviam seu trabalho recebendo um salário a altura de sua formação. Enfim, no meu lar, olhei para meus filhos e percebi que nos olhos deles o futuro estava se aproximando em um contexto cada vez melhor.
Certamente, ao ler esses parágrafos, alguém poderá dizer: -- Acorda! Vem para a realidade! Mas me fala uma coisa: se você não puder mentalizar um futuro, como saber para onde você está indo? Afinal, sonhar não custa nada. Mas sua decisão, é o nosso futuro.