Comissão de Transporte e Sistema Viário quer conhecer projeto do governo estadual. Reunião é nesta quinta
Rodoanel Metropolitano
Com extensão de cerca de 100 km, o Rodoanel deve passar pelos municípios de Belo Horizonte, Ibirité, Betim, Contagem, Ribeirão das Neves, Pedro Leopoldo, Vespasiano, Santa Luzia e Sabará. O principal objetivo é retirar parte do tráfego que passa pelo Anel Rodoviário e pela área urbana de BH, especialmente o de veículos de carga. Com investimentos na ordem de R$ 5 bilhões, parte do mesmo será proveniente da iniciativa privada (proposta vencedora do processo licitatório) e parte, do governo do Estado. O Rodoanel será administrado pela empresa concessionária vencedora da licitação pelo prazo de 30 anos, com previsão de exploração de pedágio, ressaltando-se que o valor cobrado deverá variar de acordo com a distância percorrida pelo usuário. Quanto ao cronograma de implantação do Rodoanel, estima-se para dezembro de 2021 a publicação do edital da PPP; e para o primeiro trimestre de 2022, a assinatura do contrato. De acordo com a programação, entre 2022 e 2024, estarão concluídos o licenciamento e projetos executivos; e entre 2024 e 2030, devem ser realizadas desapropriações e obras, para que se dê início à operação em 2031.
A proposta tem enfrentado muitas críticas e controvérsias, especialmente no tocante ao traçado da via, aos impactos sócio-ambientais do projeto, à dificuldade de diálogo com o governo do Estado e à própria decisão pela construção de um novo Anel Rodoviário. Entidades ambientais, prefeituras da RMBH e movimentos sociais têm sido os maiores questionadores do projeto. A discussão da proposta levou ao atraso do lançamento do edital de licitação (previsto originalmente para meados de 2021). Atualmente, este já encontra-se revisado e passa por uma segunda consulta pública. A principal revisão feita até o momento é a alteração do traçado da Alça Sul do Rodoanel, que ao invés de seguir por Brumadinho, passa a seguir por Ibirité, até alcançar a Alça Sudoeste.
Anel Rodoviário de BH
Implantado na década de 1950 e com extensão de aproximadamente 27 km (do encontro das rodovias BR-040 e MGC-356, próximo a Nova Lima, até o encontro das rodovias BR-262 e BR 381, próximo a Sabará), o Anel Rodoviário é gerenciado pelo governo federal (trecho de 10 km, coincidente com a BR 040), sendo administrado, atualmente, pela Concessionária Via 040, por contrato de 30 anos, iniciado em 2014. Segundo nota técnica da Divisão de Consultoria Legislativa da Câmara, o Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo foi implantado com o objetivo de desviar o tráfego de passagem de veículos pesados pela área central do Município. Contudo, com o crescimento das cidades do entorno, a via tem desempenhado funções de rodovia federal e de via de trânsito urbano, causando conflitos diversos. Segundo dados da BHTrans, de 2014 a 2020 o Anel Rodoviário registrou o maior número de acidentes com vítimas na capital. Além disso, apresenta um histórico de carência de investimentos, no que se refere à atualização de infraestrutura e à melhoria de condições de trânsito e segurança.
Em 2017, a Prefeitura protocolizou, junto ao Ministério Público Federal, ação civil pública contra a União, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o DNIT e a Via 040, solicitando que a gestão do Anel Rodoviário fosse transferida para o Município, juntamente com recursos para a execução do trabalho. Em 2018, a Justiça Federal negou o pedido. Em outubro de 2021, a PBH iniciou a construção de área de escape em trecho do Anel Rodoviário com alto índice de acidentes graves (próximo ao Bairro Betânia). A obra, custeada pelo Executivo, é fruto de convênio com o DNIT, com conclusão prevista para 2022.
Foram convidados para a audiência o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato; o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão; o superintendente regional substituto do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) no Estado de Minas Gerais, Luiz Carlos Magalhães Guerra; e o diretor superintendente da Concessionária BH-040 S/A Via 040, Luciano Moreira.
FONTE: Superintendência de Comunicação Institucional da CMBH
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