Questões técnicas e sociais vinculadas ao desenvolvimento e ao
transporte público da cidade serão debatidas com a sociedade
Preocupada em analisar a fundo alguns dos principais gargalos das políticas públicas em Belo Horizonte, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário deliberou, nesta quinta-feira (22/7), pela criação de dois Grupos de Trabalho (GTs): "BH sem Morador de Rua" e "Mobilidade BH". Os dois GTs vão estudar e debater, respectivamente, soluções possíveis para o crescente número de pessoas em situação de rua - que além da dimensão social, impacta diretamente o desenvolvimento econômico da capital - e a reformulação da estrutura e do modelo de mobilidade urbana e transporte público da cidade - cuja gestão vem sendo debatida na Câmara, desde o início deste ano, em Comissão Especial, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI da BHTrans) e em novo projeto de lei que cria a Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte.
Mobilidade urbana
Também requerido e relatado por Braulio Lara (Novo), o GT "Mobilidade BH" pretende repensar toda a estrutura de mobilidade da cidade, no contexto da reestruturação do modelo de gestão do trânsito e dos desdobramentos dos trabalhos da CPI da BHTrans - em andamento na Câmara. O GT vai aprofundar os estudos e debater o desenho da malha de transporte da cidade e a possibilidade de integrar os diferentes modais. Vai estudar ainda a otimização da rede de atendimento (troncos viários e capilaridade regional) e uso de tecnologias para o aprimoramento da qualidade dos serviços ao cidadão; formas de financiamento do sistema e integração tarifária; reestruturação concorrencial do mercado; e fomento dos conceitos de cidade inteligente. Wesley sugeriu que seja incluído nos trabalhos o estudo de 700 páginas feito por um grupo de alunos de Engenharia, em 2019, a pedido da Comissão, que analisou as diferentes linhas do transporte coletivo da cidade e ouviu mais de 10 mil usuários em todas as regionais.
Para embasar o desenvolvimento dos estudos e a condução dos trabalhos, os GTs vão organizar pedidos de informação, audiências públicas e reuniões técnicas com órgãos públicos, entidades e movimentos sociais. Os encaminhamentos sugeridos para os temas serão compilados nos respectivos relatórios finais. O relator salientou que, embora a iniciativa de implementação de políticas municipais e medidas administrativas seja de competência exclusiva da Prefeitura, trazer os temas à pauta do Legislativo atende suas prerrogativas de intermediar demandas, propor soluções e fiscalizar as ações do Executivo.
Fonte: Portal CMBH
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