O instinto de sobrevivência é
uma característica de todas as espécies. Mas os seres humanos, racionais na
essência, com grande capacidade de se organizar em sociedade, constantemente
tomam decisões egoístas com o objetivo único e exclusivo de salvar a própria
pele.
Em um mundo globalizado,
totalmente interligado pela internet, como pensar em uma decisão que não afete
a vida do outro? Claro que existem níveis e existem pessoas que influenciam
mais ou menos aqueles que estão à sua volta. Não necessariamente em termos
geográficos, mas em muitos casos em termos de círculos sociais, comerciais,
educacionais, etc. É como a fábula do “Rato na fazenda” que ao final nos mostra
que o problema de um é problema de todos.
Nas últimas
semanas vimos os holofotes voltados para as manifestações sociais, para as
surpreendentes revelações, das tramas dos bastidores. Tudo interagindo a uma
velocidade jamais vista, praticamente em tempo real. Quem diria? Como acreditar
em manipulação sendo que toda informação que se quer está a poucos passos de
uma pesquisa eletrônica? Mas as armadilhas existem. E existem nas próprias
pessoas. Isso porque se a consciência for construída à reboque de outras visões
sem a formação do senso crítico, poderão ser conduzidas de forma às vezes
maquiavélica.
O mais
interessante é que todos acabam recebendo o impacto da onda que se alastra a
partir de tais atos. Como pensar que o “problema não é meu”? Quanto mais cedo se reconhece que há um
problema e passa-se a atuar na sua solução, mais rápido o problema de todos
será corrigido. Essa deveria ser a posição das pessoas que tem alto poder de
influência nos círculos sociais, onde suas atitudes deveriam estar mais
vinculadas ao coletivo do que ao individual. Mas esse é o instinto de sobrevivência
que cega a visão daqueles que estão no comando. No mundo animal, o rei da selva
estando cercado por um bando de suas presas, ameaçado, só pensa em se safar.
Sabe que o bando poderá triunfar sobre sua máxima performance individual. E aí
começa o salve-se quem puder!
Precisamos de que
as pessoas que ocupam postos de grande relevância não se coloquem em primeiro
plano. Afinal, os problemas gerados nas decisões, afetam todos. Como seres
humanos, precisamos destacar nossa capacidade e encontrar formas de melhorar
nosso convívio social. No momento de pressão máxima, qual será sua
ação: proteger a todos ou salve-se quem puder?
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