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Postes de energia com uma emaranhado de fios fazem parte da paisagem das cidades. E, mais que uma questão estética, oferecem riscos às pessoas. A engenheira eletricista Erika Esteves Lasmar, inspetora do Crea-MG em Belo Horizonte, acredita que um dos caminhos para oferecer segurança ao técnico de manutenção, promover a limpeza visual das cidades e a organização dos postes, é estabelecer uma parceria com a Cemig para fiscalizar e orientar as empresas envolvidas sobre a ABNT NBR 15214:2005, que trata de redes de distribuição de energia elétrica e compartilhamento de infraestrutura com redes de telecomunicações, e outras normas relacionadas ao tema. “Obviamente que não se trata de diminuir investimentos nas redes de telefonia e internet, mas de uma reorganização do espaço no sentido de eliminar cabos e equipamentos que não estão mais em uso, como estabelecido pelas normas”, ressaltou.
Em Belo Horizonte, o Projeto de Lei 137/2021, do vereador Braulio Lara, que tramita na Câmara Municipal, determina que operadoras de telecomunicações e energia elétrica devem remover equipamento ou fiação aérea quando ficarem excedentes, inutilizados ou sem uso. O texto altera o Código de Posturas e também estabelece que a remoção não pode gerar custos para os consumidores e nem para o Poder Público. O vereador destacou a necessidade do engajamento do Crea-MG no diálogo com as diversas instâncias envolvidas. “É preciso uma articulação entre prefeituras, Cemig e operadoras de telecomunicação para que as normas existentes sejam obedecidas”, afirmou.
O tema foi debatido em reunião, na sede do Crea-MG, no dia 23 de março. Na oportunidade, foi apresentada a ideia da criação de um Grupo de Trabalho para discutir normas e boas práticas para o compartilhamento dos postes pela fiação das redes de telecomunicação e elétricas.
